sexta-feira, 3 de março de 2017

Crowdsourcing

Crowdsourcing (em português, contribuição colaborativa ou colaboração coletiva), é uma palavra-valise em língua inglesa, composta de crowd (multidão) e outsourcing (terceirização) . O termo foi cunhado em 2005 e é definido pelo Dicionário Merriam-Webster como o processo de obtenção de serviços, ideias ou conteúdo mediante a solicitação de contribuições de um grande grupo de pessoas e, especialmente, de uma comunidade online, em vez de usar fornecedores tradicionais ou uma equipe de empregados. Trata-se de um recurso frequentemente utilizado para dividir trabalhos tediosos, tais como aplicar questionários de pesquisa, levantar fundos para empresas iniciantes ou para instituições de caridade, e já era usado offline, antes da era digital.  Por definição, o crowdsourcing combina os esforços de voluntários identificados ou de trabalhadores em tempo parcial, num ambiente onde cada colaborador, por sua própria iniciativa, adiciona uma pequena parte para gerar um resultado maior. O "crowdsourcing" distingue-se de terceirização pelo fato de o trabalho ser feito por um público indefinido, em vez de ser encomendado ou atribuído a um grupo especificamente designado para realizá-lo. O crowdsourcing pode ser aplicado a uma ampla gama de atividades.Tanto pode ser usado para dividir tarefas tediosas, num tipo de terceirização em multidão, como também pode ser aplicado a necessidades específicas, tais como crowdfunding, uma competição ampla, uma busca geral por respostas e soluções de problemas ou mesmo a procura por uma pessoa desaparecida. A própria Wikipedia é um trabalho crowdsourced, pois utiliza o trabalho de voluntários para a criação e edição de seus verbetes. Outro exemplo de utilização do trabalho da multidão é o crowdtesting, isto é, a realização de testes de softwares por um grande número de pessoas. 

O crowdtesting está ganhando grande importância na indústria de software, e estudos recentes mostraram que 55% das empresas do ramo usaram serviços crowdsourced em 2014 e que muitas outras pretendiam usar crowdtesters em 2015. Segundo seus defensores, o crowdsourcing, se utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projetos, diminuir nos custos, para além de criar uma relação directa com os usuários de uma rede colaborativa de ciência e inteligência. Geralmente, são citados, como bons exemplos de produtos obtidos através do sistema, os sistema operacional GNU/Linux e o navegador Firefox, que foram criados por um exército de voluntários ao redor do mundo. A ideia central é a de que o universo dos internautas possa fornecer informações mais exatas do que peritos individuais, e que o todo seja capaz de se autocorrigir. Ou seja, se um grande número de pessoas é capaz de corrigir os erros uns dos outros, os resultados serão, no global, mais fiáveis do que a resposta de um indivíduo ou de um pequeno grupo. 

Como exemplo desse conceito, é citada a própria Wikipedia, que é praticamente tão precisa nas suas definições como uma enciclopédia tradicional e consideravelmente mais cómoda de usar. No entanto, há quem considere essas crenças basicamente falsas, ou seja, a ideia de que uma multidão é capaz de resolver melhor os problemas do que os indivíduos seria apenas uma doce ilusão. "Não há crowd no crowdsourcing. Existem apenas virtuoses, pessoas excepcionalmente talentosas e altamente treinadas, que trabalharam por décadas em determinada área", escreve Dan Woods, articulista da Forbes.

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