terça-feira, 24 de novembro de 2015

Petição contra a mentira da Volkswagen - A favor da redução de emissões de gases

Fraude Volkswagen

Em protesto pacífico – realizado no domingo (22.11) em São Paulo e interrompido pela polícia –, exigimos que a
Volkswagen se comprometesse a parar de sacrificar nossa saúde e o meio ambiente, realizando testes realistas
e reduzindo as emissões de seus carros aos níveis praticados na Europa.
A Volkswagen fraudou testes de emissões de quase 12 milhões de veículos ao redor do mundo. Para alertar
 a montadora e seus consumidores que os produtos VW estão associados a risco de vida e destruição do
 meio ambiente, planejamos suspender um carro da marca com um guindaste e pendurar um banner
 advertindo sobre os impactos desses veículos. Mesmo com o bloqueio do protesto pelas autoridades,
conseguimos passar nosso recado para a VW.
Não podemos aceitar as mentiras da VW. Acesse o site e peça à Volkswagen para reduzir as 
emissões de todos os veículos da marca no Brasil aos níveis utilizados na Europa. Assine nossa petição
e a compartilhe com seus amigos e familiares.
Junte-se a nós! Precisamos da ajuda de todos para realizar esta grande mudança. 
Fabiana Alves
Greenpeace Brasil

domingo, 22 de novembro de 2015

Alunos cantam Chico Buarque contra fechamento de escolas!

O desmonte da educação pública orquestrado pelo Tucanos é gritante. É a barbárie falando mais alto. Não obstante a isso, os estudantes se organizaram. Dezenas de escolas ocupadas, protestos por melhoria na educação são fundamentais nesses tempos - tempo de privatização de setores chaves para qualquer Estado-Nação.


Uma verdadeira aula de cidadania!

Saiba a diferença entre Simpósio, Seminário, Congresso e outros eventos acadêmicos


O mundo acadêmico possui uma infinidade de eventos técnicos e/ou científicos aos quais participamos para aprender sobre um assunto ou atualizar-se sobre determinado tema.
Entretanto, é importante conhecer as diferenças entre as várias modalidades de eventos. Pode-se observar atualmente uma despreocupação, de forma até irresponsável, por parte daqueles que promovem eventos acadêmicos, em classificar o evento na categoria correta.

Os organizadores devem, sobretudo, pensar nos profissionais que se deslocam e pagam para participar desses eventos e, muitas vezes, saem frustrados. Da mesma forma, ao conhecer as características de cada evento, é possível tomar a decisão de inscrever-se, ou não, em determinado evento, com base em suas necessidades.


Vamos então às diferenças:

Palestra: Tem o objetivo de apresentar de forma sucinta alguma novidade, por isso possui curta duração. Pode-se dizer que a palestra é como a capa de um jornal: tem-se acesso apenas às manchetes.

Cursos: Consiste no detalhamento de determinado assunto ou conjunto de temas com o foco de “treinar” ou “ensinar a fazer”. É composto de exposições de pessoas normalmente com formação acadêmica que procuram passar seu conhecimento aos participantes. O foco está mais na teoria que na prática, porém não a exclui. É indicado para pessoas que têm baixo ou nenhum conhecimento sobre o assunto, com exceção dos cursos de especialização, cujo objetivo é o aperfeiçoamento daqueles que já dominam o assunto.

Workshop: Tem o caráter de treinamento. Seu objetivo consiste em aprofundar a discussão sobre temas específicos e, para isso, apresenta casos práticos. O público participa intensamente. Objetiva-se detalhar, aprofundar um determinado assunto de maneira mais prática. Normalmente possui um moderador e um ou dois expositores. A dinâmica da sessão divide-se em três momentos: exposição, discussão em grupos ou equipe e conclusão.

Mesa-redonda: É uma reunião do tipo clássica, preparada e conduzida por um coordenador, que funciona como elemento moderador, orientando a discussão para que ela se mantenha sempre em torno do tema principal. Os expositores têm um tempo limitado para apresentar suas ideias e para o debate posterior. Normalmente, a mesa-redonda está inserida em eventos mais abrangentes. É utilizada quando o assunto ainda não está consolidado e suscita discussões.

Simpósio: Reunião para a discussão de um determinado tema (uma nova técnica, por exemplo). Aqui não são apresentadas as conclusões de uma pesquisa, mas sim impressões sobre um determinado assunto que é colocado em debate. Vários oradores debatem o tema na mesa, muitas vezes com a participação do auditório. A diferença fundamental entre o simpósio e a mesa-redonda é que no simpósio os expositores não debatem entre si os temas apresentados.

Seminário: Reunião na qual “semeiam-se” ideias. O objetivo é suscitar o debate sobre determinados temas, até então pouco estudados. Caracteriza-se pela exposição de um orador seguida de debate com o auditório. A dinâmica do seminário divide-se em três momentos: a fase de exposição, a de discussão e a de conclusão. Trata-se de um produto informativo mais focado, porém parcial. A informação tem normalmente uma única fonte – o orador ou expositor – e, por consequência, pode apresentar certo viés. Usualmente, o orador é um guru ou expert no assunto que está sendo exposto.

Congresso: Reunião de especialistas em determinada área do conhecimento (Genética, por exemplo) para a apresentação de pesquisas e estudos científicos. Geralmente de manhã e/ou à noite são realizadas conferências com professores convidados e à tarde há apresentações (na forma oral ou em pôsteres) de comunicações inscritas previamente pelos participantes (resumos) e aprovadas pela comissão organizadora do evento.


Fonte: http://posgraduando.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O sístema da DÍVIDA - A dívida pública brasileira

Para os que ficam irritados e consternados sobre a Corrupção este filme é imprenscindível!
A maior corrupção de todas, é a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que durante o governo militar pegou emprestimos a juros FLUTUANTES de 6% - e depois elevou-os para ~20%.

Muito pouco do orçamento do país é reservado para a saúde, educação, infra-estrutura, esporte. A mídia não trata do tema, que é central no processo de desenvolvimento do país, as coorporações multinacionais também sugam o dinheiro dos recursos nacionais de modo duplo - pois o dinheiro das privatizações vai para o pagamento da dívid pública.

Não há gestão da economia, com um orçamento desse nível. Um exemplo  da perversidade desse modelo, que sacrifica nossa soberania é o lucro das estatais. A Petrobrás, por exemplo, a parte em mãos privadas recebe os lucros normalmente, outra parte que é pública recebe o dinheiro para pagamento da dívida. Por isso a gasolina é tão cara no Brasil!

Por que a Síria? - Why Syria? [2015]


Por que a Síria? Veja o vídeo e compreenda um pouco mais a situação do país, que realizou uma tentativa de "Primavera" e agora está atolada em uma Guerra Civil monstruosa por conta da ISIS.

Um pouco de música - A novidade - Caetano, Gil e Ivete


Uma ótima música, grande show. Gostaria que as pessoas pudessem entender a letra que retrata a violência, o espetáculo de luta pela terra "prometida". A novidade ...na qualidade rara da sereia...
A NOVIDADE era Guerra..."...Estraçalhando uma sereia bonita, despedaçando o sonho prá cada lado"... A luta pela terra ...



Pena que foi na Globo, local de maior blackout de informações e crítica social. Entretanto é melhor ouvir e ver que a dificuldade de lutas contra a desiqualdade "mundo tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse carnaval, de outro a fome total..." do que não apreciar. Todavia, os closes de câmera nos atores globais dá um imenso DESÂNIMO. É melhor ouvir apenas, não ver a tela, a imagem é o que menos importa!


A novidade 
[letra: Gilberto Gil]
Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!
Ah! Aaaah!

E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia
Ali na areia...

A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta
E o esfomeado
Estraçalhando
Uma sereia bonita
Despedaçando o sonho
Prá cada lado....

Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!
Oh! De um lado esse carnaval
De outro a fome total
Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!...

Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!
Ah! Aaaah!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Hollande e Obama escolhem o alvo!


Mais uma charge do Latuff: A Síria como uma aventura militar? Mão de obra barata? Apenas mais uma dor de cabeça?



Tio Sam: "I see you in my next military adventure" = Eu vejo você na minha próxima aventura militar...

ONU: Eu vejo uma dor de cabeça pela frente

Magnata/CEOs/Corporações: Eu vejo mão de obra barata.

Malafaia mais uma vez diz besteira! Ele relaciona os atentados em Paris ao PT!

Por: Folha de Dourados
 
 
 
Silas Malafaia derrama discurso de ódio e politiza atentados em Paris. Pastor afirmou que “a petralhada do governo” permite que os “assassinos do Islã” entrem no Brasil “sem nenhum controle”. Líder evangélico foi duramente criticado por internautas
O pastor Silas Malafaia voltou a ser alvo de críticas na internet, tornando-se um dos assuntos mais comentados pelos internautas no Brasil neste sábado (14).
Após os atentados que deixaram ao menos 127 mortos na França, segundo as autoridades locais, o presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo usou seu perfil no Twitter para atacar “esquerdopatas” e “petralhas” que apoiam a entrada de imigrantes do Oriente Médio no País.
“Os assassinos do Islã cometem barbárie na França e a petralhada do governo permite gente desses países entrarem [sic] no Brasil sem nenhum tipo de verificação”, disse.
“Os estúpidos, esquerdopatas e ignorantes falam do cristianismo no Ocidente. É o cristianismo que trouxe direitos humanos, proteção à vida, liberdade de expressão, liberdade religiosa e política. Onde o cristianismo é maioria, se respeita as minorias. Onde o islamismo é maioria, massacra as minorias”, declarou Malafaia.
O pastor concluiu seu “discurso” afirmando que gostaria de “ver a cara desses esquerdopatas, petralhas, ativistas gays, preconceituosos, que fingem não entender o valor do cristianismo”, ordenando que “esses idiotas” calassem a boca.
Após as postagens, o pastor começou a receber uma enxurrada de críticas que eram publicadas inclusive por muitos internautas que se identificavam como cristãos.
“Refugiados estão fugindo de terroristas e ditaduras. Respeite os muçulmanos. Deixe de ser imbecil e seja cristão de verdade”, disse um tuiteiro. “Aqui temos um claro exemplo de porque os aliens não falam com a gente. Você envergonha toda a raça humana”, brincou outra internauta, referindo-se ao pastor.
A maioria das críticas se referia aos valores que Silas Malafaia atribuiu ao cristianismo. Muitos ateus e seguidores de outras crenças religiosas lembraram períodos da história como a Idade Média para derrubar a teoria do pastor de que o cristianismo respeita as minorias. (com informações de Último Segundo)

André Puccineli teria fazenda em nome do Laranja [ Maruro Cavalli]

Um relatório da Polícia Federal identificou indícios de que, o ex-governador André Puccinelli usa 'laranja' para comprar propriedades. As investigações dão conta que Mauro Cavalli, administrador e pecuarista que já foi coordenador-geral de licitação da Semad (Secretaria Municipal de Administração de Campo Grande) durante a gestão de André Puccinelli na Prefeitura seria um "testa de ferro/laranja", de Puccinelli, e que da parceria, tornou-se um dos maiores pecuaristas de Mato Grosso do Sul. Entre os anos de 1997 a 2003 (administração Puccinelli) adquiriu um grande patrimônio em imoveis rurais (fazendas).
Investigação revela que quando entrou na prefeitura, em 1997, Cavalli apresentou uma declaração de bens de cerca de R$ 40 mil. Em 2003 apenas, uma das fazendas em nome do ex-chefe de licitações teria sido avaliada em R$ 5,8 milhões. E naquele mesmo ano, o valor dos imóveis rurais e urbanos de Cavalli ultrapassaria R$ 10 milhões.
Ação penal
APn 573 – a denúncia mais antiga na qual Puccinelli é acusado apura suposta lavagem de dinheiro e ocultação de bens quando ele ainda era o prefeito de Campo Grande. O MPF abriu inquérito baseado em extenso levantamento dos rendimentos de Puccinelli e de seu ex-coordenador municipal de licitações, Mauro Cavalli, feito pelo então promotor do MPE (Ministério Púbico Estadual) Marcos Antônio Martins Sottoriva. No Inquérito n. 549, Sottoriva aponta o montante da renda dos acusados versus a compra de grandes fazendas na região entre Terenos, Anastácio e Nioque, entre 1997 e 2003.
As 15 fazendas de Puccinelli
 
 
 
 
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A solidão tem cor - notícia da Revista Fórum discute relacionamento da mulher negra brasileira

Por Anna Beatriz Anjos e Jarid Arraes da Revista Fórum
No último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, dados sobre a mulher negra brasileira chamaram a atenção. O levantamento apontava que, à época, mais da metade delas – 52,52% – não vivia em união, independentemente do estado civil (veja os dados aqui).
O quadro pincelado pelas estatísticas tem cores extremamente vivas para as mulheres negras brasileiras, que, de acordo com inúmeros relatos, sentem na pele os efeitos da solidão e do preterimento durante toda a vida. Há anos o movimento feminista negro aborda essa pauta, mas ultimamente, com a força das redes sociais, o debate tem se amplificado – sobretudo no tocante aos relacionamentos heterossexuais – e causado polêmica.
A discussão sobre afetividade da mulher negra extravasa os círculos de militância: ao longo das décadas, diversos intelectuais tocaram nessa questão em suas dissertações, teses e artigos, principalmente quando tinham como objeto de estudo as relações interraciais no Brasil. Exemplos são Thales de Azevedo, Florestan Fernandes, Elza Berquó, entre outros.
Mais recentemente, duas intelectuais negras têm se destacado na produção acadêmica sobre o assunto. Em 2008, a socióloga e professora da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) Ana Cláudia Lemos Pacheco se tornou doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com a tese Branca para casar, mulata para f…., negra para trabalhar”: escolhas afetivas e significados de solidão entre mulheres negras em Salvador, Bahia que, em 2013, foi convertida no livro Mulher negra: afetividade e solidão  (Edufba). No mesmo ano, Claudete Alves obteve o título de mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) com a dissertação A solidão da mulher negra – sua subjetividade e seu preterimento pelo homem negro na cidade de São Paulo, que posteriormente se transformou no livro Virou Regra? (Scortecci, 2010). Ambas conversaram com a Fórum sobre seus trabalhos, os primeiros a focalizar a figura específica da mulher negra e a dar voz a ela.


Dados do Censo de 2010 atestam: mais da metade das mulheres negras brasileiras não estão em união, independente do estado civil (Foto: Reprodução/Facebook)
Dados do Censo de 2010 atestam: mais da metade das mulheres negras brasileiras não vivem em união, independente do estado civil (Foto: Reprodução/Facebook)




Solidão, uma questão histórica 

Antes de falar sobre a solidão da mulher negra é preciso, segundo Claudete Alves, olhar para a solidão de seu grupo étnico, que se inicia quando ele é “espoliado de seu habitat”, a África, e “destituído de seus meios de produção e de seu próprio corpo enquanto transformador de matéria-prima, de seus sentimentos e de seus afetos. Esse processo, que se configura em uma diáspora negra imposta, denota que tal ocorrência, dolorosa e traumática, afetou o caráter das relações sociais desse grupo social no Brasil e do seu processo de identidade cultural”, escreve a autora em Virou Regra?.
“Ao me debruçar sobre a historicidade da mulher negra, vejo que sua trajetória, a partir da ruptura diaspórica africana até a contemporaneidade, foi permeada pela solidão”, continua a cientista social em sua obra. No decorrer do texto, ela estabelece uma intrincada relação entre o quadro de solidão a que as protagonistas de seu estudo estão submetidas e o processo de escravidão no Brasil.
De acordo com Alves, as mulheres negras eram alforriadas antes dos homens, por estes “serem considerados elementos essenciais à produção agrícola”. “Essa condição excludente e de marginalização a que o homem negro foi relegado imprime um novo contorno à configuração familiar existente, fazendo surgir famílias matrifocais”, explica no livro. “Típicas do Novo Mundo, ao contrário das famílias poligínicas da África, sua característica básica é ser chefiada por mulheres, o que outorga ao feminino a condição de centralidade e autoridade na assunção da permanência e da guarda do lar, em contraposição à ausência definitiva ou flutuante da figura paterna.”
Somado a isso, observava-se, conforme Alves, ocorria “a existência de uma intensa liberdade sexual na vida masculina”, de forma que os homens negros mantinham outros relacionamentos além de seu casamento sem que houvesse “perda de regalias ou prejuízo social”. “Encontramos, assim, mulheres forras e livres, na sua grande maioria solitárias, muitas vezes mães solteiras, como eixo central de seus lares e que, por não terem casado, seja por escolha voluntária, seja por dificuldades sociais ou por preterimento do parceiro, não vivenciaram uma condição de acesso social ou de estabilidade amorosa”, completa, em Virou Regra?.


Gostos e escolhas são construções sociais

Os dados obtidos pelo IBGE revelam que a situação de solidão ainda acomete as mulheres negras, mais de um século após a abolição. Por que, ao longo dos anos, o cenário não se modificou?
De acordo com a antropóloga Laura Moutinho, professora do Departamento de Antropologia da USP (Universidade de São Paulo), no artigo Discursos normativos e desejos eróticos: A Arena das Paixões e dos Conflitos entre “Negros” e “Brancos”, nota-se “a existência de um padrão marital homogâmico na sociedade brasileira; um percentual relativamente baixo de casamentos ‘interraciais’ e, nestes, a predominância do par homem ‘negro/mulher ‘branca’”.
Analisando-se a afirmação de Moutinho, é possível concluir que, nas relações interraciais, são as mulheres negras as mais frequentemente preteridas pelos homens negros, que, conforme demonstra a antropóloga, subvertem a regra do “padrão marital homogâmico” e se relacionam fora de seu grupo étnico, com mulheres brancas. Isso também se comprova por números do último Censo, que indicam: “homens pretos tenderam a escolher mulheres pretas em menor percentual (39,9%) do que mulheres pretas em relação a homens do mesmo grupo (50,3%)”.
Aspectos demográficos podem representar um caminho para a compreensão desse quadro. “Quando se pesquisa, desde Elza Berquó, o mercado matrimonial, verifica-se que, no grupo branco, há um maior número de mulheres do que de homens. Então, pode-se dizer que há uma ‘sobra’. No grupo negro não, identifica-se um equilíbrio. Se não houvesse algum fato sociológico, não se constataria essa solidão no grupo negro”, analisa Claudete Alves. “A mulher branca, que é excedente em seu grupo, migra para o outro, e pelos fatos históricos acaba disputando em condição muito vantajosa no grupo em que há um equilíbrio.”
“Há uma tendência, enfatizada por Berquó, de o excedente de mulheres ‘brancas’ se unir ao excedente de homens ‘pretos’ e ‘pardos’. Tal tendência surpreende, pois ‘é de estranhar que justamente as mulheres pretas que contam com um excedente de homens pretos, exatamente na faixa etária mais favorável às uniões, acabem por ter menores chances de encontrar parceiros para casar. Nossa hipótese é de que o excedente de mulheres brancas na população deve levá-las a competir, com sucesso, com as pardas e pretas, no mercado matrimonial’”, escreve Moutinho em seu artigo.
O preterimento da mulher negra pelo homem negro é elemento frequente nas falas das personagens entrevistadas por Ana Cláudia Lemos Pacheco para sua tese de Doutorado. A socióloga ouviu, ao todo, 25 mulheres negras em Salvador, doze ativistas e treze não ativistas, todas pertencentes a setores da classe média e populares. Para realizar a análise de suas trajetórias sociais, selecionou dez – cinco ativistas e cinco não ativistas. “Eu diria que o triângulo que emergiu e foi muito recorrente nas narrativas das mulheres investigadas foi o formado por mulher negra, homem negro e mulher branca. Sobre homem branco pouco se falou, muito pouco, uma [vez] ou outra.”
“A rejeição é muito mais doída quando vem dos seus iguais; a mulher negra quer ser amada, ser feliz”, aponta a socióloga Eliane Oliveira, feminista, professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (NEIAB) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). “Penso que o homem negro precisa desconstruir o racismo não só no discurso, mas também nas suas práticas.”
A situação de vantagem em que a mulher branca se encontra em relação à negra no mercado matrimonial, sobretudo em relação aos homens pardos e negros, é evidente. “Isso é uma pista segura de que há a interferência social e histórica que termina também sendo um dos fatores que tira, para além de todos os outros direitos da mulher negra, o direito ao amor”, destaca Alves.
Segundo as pesquisadoras Ana Cláudia Lemos Pacheco e Claudete Alves, os homens negros escolhem as mulheres brancas por uma questão de status social (Foto: Divulgação)
Segundo pesquisadoras, no mercado matrimonial, a mulher branca tem vantagem sobre a negra (Foto: Divulgação)
Para Pacheco, uma série de fatores contribui para que as mulheres negras sejam preteridas pelo homem negro. Eles estão, em sua maioria, conectados a aspectos históricos e culturais que habitam nossa sociedade. “Em nosso imaginário cultural, as características raciais e fenotípicas da mulher negra – considerando a cor da pele, as características do cabelo, a estética – estão o tempo todo associadas a estereótipos negativos”, avalia a socióloga. “Essas representações estão vinculadas não apenas ao imaginário social mais geral, mas também ao imaginário acadêmico, literário. Na música, nas imagens socialmente produzidas, o que sempre se destacou [em relação à mulher negra] são essas características, relacionadas a um comportamento sexualizado, quase que servil – e isso é a reprodução de uma concepção bem colonial, quase que a imagem reproduzida da mulher escravizada, que estaria, portanto, para servir ao outro, ao senhor. E a outra representação é a do trabalho, de como a mulher negra seria ‘pau para toda obra’, seria boa para o trabalho servil e doméstico, e não seria uma mulher com desejos, com possibilidades de construir uma afetividade, de ter projetos pessoais, familiares, de uma mulher que tenha a capacidade de pensar.”
A historiadora Karla Alves, ativista negra do grupo de Mulheres Negras do Cariri – Pretas Simoa, conta que a solidão afetiva apenas agravou os efeitos do racismo sobre sua autoestima, algo que sente desde criança, quando era discriminada pelos colegas do colégio e não encontrava, nem nos meios tradicionais de cultura,
tampouco nos conteúdos escolares, referências negras positivas e legítimas. “Isso provocou um estigma ainda pior: a solidão existencial que, naquele momento, não me deixava contar nem comigo mesma”, diz. “A solidão da mulher negra é, portanto, parte indissociável da formação da nossa identidade que o racismo nos impõe. Durante a juventude e vida adulta esta solidão é alimentada pelo desprezo daqueles com quem almejamos estabelecer um relacionamento amoroso, já que passamos a ser vistas somente pelo nosso sexo expropriado e hipersexualizado, principalmente através da mídia.”
Em contrapartida, a imagem da mulher branca, segundo Pacheco, está vinculada a “um comportamento mais condizente com uma expectativa de gênero mais tradicional, aquela que seria ideal para casar, para se manter um relacionamento, para ser mãe, enquanto a mulher negra não caberia nessa representação.” Tal privilégio tem nítida ligação com o padrão de beleza branco difundido como ideal em nossa sociedade, e que não apenas não contempla como marginaliza as características estéticas negras. Sob esse prisma, pode-se dizer que a mulher negra sofre opressões somadas: machismo e racismo.
Estudiosos das relações interraciais no Brasil desde os anos de 1930 discutem também o casamento entre homens negros e mulheres brancas como estratégia de mobilidade social. “(…) a mulher, além de propiciar um dado acesso social ao homem negro, funcionaria como uma possibilidade de escamoteamento de seu padrão fenotípico, conferindo invisibilidade à sua cor”, considera Alves em Virou Regra?. De acordo com a autora, um dos principais méritos de seu trabalho é ter provado que essa prática não ocorre apenas com homens negros que já ascenderam socialmente, como consequência desse movimento – a exemplo dos jogadores de futebol negros, que famosos e endinheirados, frequentemente constituem família com mulheres brancas –, mas se dá em praticamente todos os estratos sociais. Para comprovar essa tese, a pesquisadora visitou diversos espaços da cidade de São Paulo, nas periferias e no centro – teatros, casas de espetáculos, supermercados, maternidades, entre outros – e observou a proporção de casais inter e intraraciais nesses locais.
Diante desses símbolos tão fortes e difundidos em nossa sociedade, é impossível dizer que escolhas do campo afetivo e sexual sejam mera questão de gosto pessoal, plenamente desconectado do universo social em que o indivíduo está inserido. “Na relação com o outro, o desejo de envolvimento afetivo em busca do prazer é permeado pelos valores e ideais estabelecidos pelo contexto social. A manifestação do desejo e o estabelecimento ou não de vínculos amorosos são também determinados por concepções advindas de uma visão machista e racista”, atesta a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Elisabete Aperecida Pinto, em sua tese de Doutorado Sexualidade na identidade da mulher negra a partir da diáspora africana: o caso do Brasil.
“É o que Sueli Carneiro já falou: nós, feministas negras, não estamos querendo controlar o relacionamento de ninguém. Nós queremos problematizar, porque é algo que tem nos atingido”, argumenta Pacheco. “O racismo é uma ideologia, uma crença que exclui. E não exclui só do mercado de trabalho, da educação, do campo do poder político; essas exclusões influenciam muito na hora da escolha [afetiva].”
“Sinto uma falta enorme de negros famosos que tenham uma defesa da causa negra nos espaços que ocupam na mídia. Mesmo no caso daqueles que fazem de seu trabalho uma forma de levantar nossa bandeira, percebo que na prática as coisas ainda se voltam para o previsível, ou seja, cedem ao padrão social de ter uma loira do lado”, observa Eliane Oiveira. “Muitos podem dizer que é uma questão de gosto,  mas nós somos socialmente moldados, dessa forma, nosso gosto não é isento de manipulação ou imposição do que é belo, bom, seguro e desejável. Ora, se sofremos ainda hoje com a herança escravagista de que negra é para cama e não para o casamento, como pensar que o homem negro também não reproduz esse tipo de pensamento sobre ela quando o que mais vemos são eles se casando com as brancas?”, questiona.
Embora a palavra “solidão” seja normalmente associada a sentidos negativos, a professora da UNEB conta que, nos depoimentos que colheu, o termo foi sendo ressignificado – as mulheres negras, como protagonistas de sua própria história, transformaram sua dor em força. “O sentimento de solidão se traduziu em sofrimento, choro, desilusões amorosas e decepções. Mas, apesar desses processos de exclusão social, discriminação étnica e social, essas mulheres se empoderaram, muitas delas superaram desigualdades fundamentais – a questão da sobrevivência, por exemplo, social e econômica –, tornando-se chefes de família, criando seus filhos sozinhas e sem parceiros”, relata. “Há mulheres que se tornaram grandes lideranças do movimento social negro e alcançaram prestígio a ponto de se transformarem em lideranças de grande expressão nacional e internacional e ocupar grandes cargos políticos dentro da sociedade brasileira. E há mulheres que, por outro lado, se empoderaram através do trabalho, da ascensão social e de uma percepção com relação a essas desigualdades.”
Contra a imposição do padrão de beleza branco e pela valorização da estética negra, mulheres negras realizaram, em julho, a Marcha do Orgulho Crespo (Foto: Marcha do Orgulho Crespo 2015)
Contra a imposição do padrão de beleza branco e pela valorização da estética negra, mulheres negras realizaram, em julho, a Marcha do Orgulho Crespo (Foto: Marcha do Orgulho Crespo 2015)


Consequências psicológicas

O preterimento e a solidão afetiva que atingem as mulheres negras podem causar a elas grande sofrimento psicológico e, por serem baseadas em valores racistas, podem gerar ainda o adoecimento físico. É o que explica a psicóloga Maitê Lourenço, também neuropsicóloga pelo Centro de Diagnóstico Neuropsicológico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaboradora do Grupo de Trabalho de Psicologia e Relações Raciais do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. “Dentro do processo cognitivo, palavras, gestos e ações são captados e processados pelo cérebro, formando assim a concepção daquela mulher sobre si mesma de uma forma deturpada”, avalia. Ela salienta que o quadro não se limita às mulheres heterossexuais – lésbicas e bissexuais também enfrentam esse fenômeno social, bem como as transexuais.
Segundo a neuropsicóloga, adjetivos pejorativos, como “feia”, “macaca” ou frases ditas por familiares, colegas e outras pessoas como “ninguém vai te querer assim” fazem parte do contexto diário das mulheres negras, gerando sentimentos de menos valia, baixa autoestima e introspecção. Com isso, pela violência do racismo, há possibilidade de que a depressão, ansiedade e outras doenças crônicas, como asma e fibromialgia, acometam essas mulheres.
“A humilhação social também é um dos sofrimentos psíquicos causados pela solidão da mulher negra”, pontua Lourenço. “Essa mulher sente-se humilhada por perceber que não corresponde ao que é esperado para sua idade, classe social, escolaridade e ambiente familiar. Timidez excessiva, irritabilidade, ansiedade intensa, hipertensão, depressão, obesidade, uso abusivo de álcool e outras drogas também são consequências, dentre muitas outras, do processo vivido por estas mulheres”, destaca.
Clélia Prestes, mestre e doutoranda em Psicologia Social pela USP e psicóloga do Instituto AMMA Psiquê e Negritude, também discorre sobre as implicações que a solidão afetiva pode acarretar para a autoestima das mulheres negras. “Desde o nascimento e ao longo do processo identitário, a autoestima é influenciada pelos referenciais coletivos de beleza, nos quais as mulheres negras praticamente não estão representadas, apesar da maioria da população brasileira ser negra. Como resultado, no imaginário social e em concepções pessoais, pensamentos e sentimentos que tratam a diversidade com hierarquia de valores, prejudicando drasticamente a forma como mulheres negras são vistas e, consequentemente, sua autoestima e relações afetivas.”
Em sua atuação profissional, Maitê Lourenço atende mulheres que relatam o quão difícil é o estado de solidão, pois muitas vivem suas vidas inteiras de maneira solitária. “No passado não muito distante de muitas famílias, assim como a minha, essas mulheres permaneceram cuidando das famílias de outras mulheres – brancas – que tinham em seus lares maridos e filhos. E por causa do machismo, patriarcado e do capitalismo, essas mulheres tiveram que ficar distantes de seus familiares por morarem nas casas onde trabalhavam, privando-as assim de também de construir seus lares e manter maior contato com outras pessoas, já que não puderam estudar, viajar e etc”, ressalta.
De acordo com a psicóloga, a necessidade de fugir desse quadro social e evitar uma vida solitária também torna as mulheres negras vulneráveis a relacionamentos abusivos. “A própria violência doméstica também pode fazer parte das estatísticas para pontuar o que acontece com as mulheres negras, pois muitas acabam se submetendo a relacionamentos abusivos para não permanecerem sós.”
No entendimento de Clélia Prestes, embora tantas pessoas sofram com as consequências do racismo, a “psicologia tem sido omissa e conivente” com relação a ele, “na medida em que não o enfrenta”. “Ao desconsiderar os marcadores sociais da diferença como raça, gênero, orientação sexual, geração, classe, entre outros, trata como universal seres que são diversos, desconsiderando suas especificidades e impondo de forma hegemônica características particulares de grupos dominantes.”
Para Lourenço, a mídia tem uma grande responsabilidade na perpetuação dos estigmas advindos de concepções racistas. “Venho acompanhando alguns comerciais, novelas e séries brasileiras e o que mais se vê são mulheres negras em funções subalternas e, quando há núcleo familiar para ela, há no máximo filhos, a mãe dessa mulher ou um irmão. O fato da mulher negra ser representada desta forma impacta também na identificação de meninas, mulheres e das outras pessoas de que a mulher negra tem somente esse lugar a ocupar, gerando assim sofrimento psíquico e mais obstáculos, que arduamente as mulheres negras vêm tratando de transpor”.
Embora a solidão afetiva tenha, muitas vezes, consequências devastadoras para a vida das mulheres negras brasileiras, Prestes destaca que elas “não ficam apenas expostas passivamente a quadros de vulnerabilidade e solidão, mas, enquanto reagem às adversidades e resistem às opressões, acabam se fortalecendo individual e coletivamente”. “Em minha clínica, nas atuações pelo Instituto AMMA Psique e Negritude, no ativismo (movimento negro e feminismo negro) e na pesquisa, pude observar a importância da identificação positiva e das redes de mulheres negras para diminuir os efeitos e mudar o quadro de solidão, potencializando processos de resistência, superação e resiliência”, conta. 
(Ilustração de capa: Monica Stewart)
Amor Afrocentrado

Luh Souza é conhecida nas redes por sua atuação contra o racismo e por ser fundadora e moderadora do grupo “Amor Afrocentrado” no Facebook, onde homens e mulheres negras se reúnem para discutir questões relacionadas ao racismo, aos relacionamentos afetivos e, caso exista a oportunidade, encontrar pares com quem possam construir relações românticas.
O termo “Amor Afrocentrado”, que se refere aos relacionamentos entre pessoas negras, é usado há muitos anos, quando Souza começou a discutir o tema da solidão da mulher negra com amigos e companheiros de militância – logo seus debates deram continuidade em outra rede social, o Orkut, ainda em 2009.
O grupo do Facebook começou como um facilitador de encontros, pois Luh Souza ouvia amigos se queixando de que não conseguiam encontrar outras pessoas negras com quem pudessem se relacionar. “Então pensei: preciso fazer um ponto em que os solteiros possam se encontrar e vamos discutindo juntos nossos problemas”, relata. Até o número que contou, o grupo teve como resultado a quantidade de 60 casais, entre eles 3 se casaram e algumas crianças nasceram dessas uniões.
A intenção do grupo era discutir o assunto exclusivamente entre pessoas negras, como um debate interno; para Luh Souza, uma medida em parte para evitar polêmicas e acusações de “racismo inverso”, mas também como resultado do desinteresse de pessoas brancas. Segundo Souza, o debate, que tem mais de uma década de proposta, sempre tentou fazer com que os homens negros refletissem sobre o companheirismo e presença das mulheres negras em suas vidas, seja como mães, irmãs e avós, ou como companheiras que sempre enfrentaram o racismo e as consequências da discriminação racial lado a lado contra os homens negros. “Se fossem pra cadeia, estivessem internados ou na escola e até mesmo no caixão, quem sofre e derruba lágrimas são as mulheres ali. E quando cresciam, por que se recusavam amar uma mulher negra? Por que eles não podiam ser românticos com ela? Quando a gente consegue colocar essas questões todas juntas na cabeça deles, há uma transformação”, relata Souza.
Mas apesar da boa vontade e do trabalho totalmente voluntário, discutir sobre a solidão da mulher negra e tentar promover relacionamentos afrocentrados não foi uma prática fácil. “Claro que apareceram os homens pilantras tentando enganar as irmãs, casados, mas sempre que eu soube, tirei do grupo, bloqueei”, afirma. Depois de alguns desentimentos e preocupações, Souza decidiu não mais moderar o grupo, deu-se por satisfeita com os objetivos alcançados e passou a orientar os integrantes para que tivessem cuidado e responsabilidade ao conhecerem novas pessoas.
Mas os desafios que surgiram não são apenas aqueles que envolvem qualquer relacionamento humano: as polêmicas em torno do assunto passaram a crescer à medida que o tema ganhou visibilidade na internet.
Luh Souza interpreta esse quadro de polêmicas crescentes como um erro estratégico. Para ela, o tema da solidão da mulher negra deveria ser um debate restrito aos grupos que militam contra o racismo. “É desgastante ter de debater racismo com ‘não negros’ e igualmente desgastante debater solidão da mulher preta abertamente. Veja que eles estão pegando isso pra nos atacar, difamar pela rede, sendo que eles sabem que se casam entre brancos em sua maioria, só que para eles isso é normal. Agora, se formos levantar a questão, aí acusam-nos de racismo inverso. Um exemplo: quantos jogadores de futebol ou artistas brancos são casados com mulheres negras? Se o amor não tem cor…”, provoca.
No entanto, Souza faz questão de frisar que a crítica não é contra os relacionamentos interraciais em si. “O amor interracial vai existir sempre”, pontua. “O que discutimos é o racismo embutido em forma de relacionamentos amorosos. Se existe o amor entre as pessoas, por que existe o recorte racial dentro desse suposto amor? Qual a causa das mulheres brancas terem duas opções? Veja que o recorte racial existe até dentro de relações homoafetivas onde uma pessoa branca tem mais chances de encontrar seu amor do que pessoas negras”, questiona.
“Então a discussão não é, e nunca deverá ser, contra a miscigenação, mas contra a regra imposta pela Teoria do Branqueamento em que mulheres negras não merecem ser amadas, já que ela é preterida por todas as etnias”, declara. De acordo com Luh Souza, mesmo mulheres negras consideradas belas e inteligentes reclamam que são preteridas. “Há algo muito errado, muito mesmo. No fundo, a frase ‘amor não tem cor’ é igual a ‘somos todos iguais’. A palavra certa seria ‘amor’ somente. Se a sociedade precisou complementar a palavra ‘amor’ com a frase ‘não tem cor’ é porque precisam se justificar e, se precisam se justificar, é porque existe um problema aí que ninguém quer saber de rever, discutir. Inventam uma frase poética pra se conformar com ela e não resolver o que é preciso, igualmente ao ‘todos somos iguais’. Pronto, de posse da poesia contida nas frases, que se dane o resto. Vamos viver em um padrão sem respeitar o grito de quem está sendo excluído dentro da sociedade por ser diferente”, protesta Souza.
Para ela, o assunto precisa ser debatido e o desequilíbrio mostrado pelas estatísticas deve ser questionado. “Mas, uma vez que os homens já fizeram suas escolhas, estão casados com brancas e têm até filhos, não podemos interferir”, afirma.


Veja mais no portal: http://www.revistaforum.com.br/semanal/a-solidao-tem-cor/

A jornalista do canal Globo News diz que a PF está colocando o país de joelhos.

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A jornalista do canal Globo News Bárbara Gância diz que parte da PF está colocando o país de joelhos: ” Esses irresponsáveis estão colocando o meu país de joelhos. Só estão tentando mesmo é salvar seu fiofó “

confira no texto abaixo (reprodução facebook)
Esse Congresso que temos, e que lamentavelmente deve dizer muito sobre a sociedade que estamos fabricando, é o pior da nossa história. Um lixo inimaginável. Bancada antigay, PL anti “heterofobia”, “cura gay”, é a contramão da história…
Entra impeachment e sai impeachment da pauta todo santo dia e o país paralisado por conta de um camarada, parece filme do Buñuel!
E isso tudo para satisfazer aos vendilhões do Templo.
Bancada da bala promovendo a volta do bangue-bangue -vê se pode?- bancada “televangélica” que lê a Bíblia de forma tosca e literal pra atender seu público, ou seja, aquela parcela da população órfã do atendimento do Estado que não foi abraçada pelo crime organizado nem é “herdeira” (como diria a revista “Caras”)…
São os denominadores mais baixos e tenebrosos, os pilares mais indesejáveis para se edificar um futuro.
Imagino Ruy Barbosa, Castro Alves, os inconfidentes mineiros tendo espasmos no túmulo.
E como se não bastasse um covil, há dois.
Ninguém, Serra, Alckmin, FHC, Suplicy, Mercadante, Berzoini, Delcidio… NENHUM político de que se tenha conhecimento consegue viver do salário oferecido pelo Erário. Mas nunca se ouviu falar de a Polícia Federal tocar o pé na porta na madrugada para realizar uma busca e apreensão no escritório ou na casa do filho do FHC ou dos filhos do Serra.
Aliás, graças a Deus, porque seria uma verdadeira infâmia. Como bem afirmou ontem o José Serra.
Ainda bem que alguém teve a coragem de enfrentar a ira dos ignorantes e se insurgir contra essa violência seletiva da PF.
Quiqui é isso, minha gente?
É inacreditável o grau de desfaçatez a que chegamos. Tentar impedir que Lula se candidate novamente dessa maneira chega a ser ridículo. E muito perigoso. Porque, goste ou não, Lula é liderança legítima admirada mundialmente. E com uma legião de seguidores aguerridos como vimos ontem na comemoração do seu aniversário.
Essa campanha para tentar polarizar o país e varrer o PT do mapa é de uma irresponsabilidade sem precedentes.
E tem limite até onde vai essa polarização maluca. Ele esbarra na luta armada.
Mas tem um monte de gente que além de não perceber ainda aplaude a desastrada ação da Polícia Federal.
E enche o buraco de bolo que tem na cara pra falar no “filho do Lula”.
Aliás, o povo nem se dá conta de que o Lula tem mais do que um único filho!
Olha só. Acompanhe o meu raciocínio (eu sei, eu falo pra caramba, mas me dá só mais um minutinho, vá?) e tente perceber o preço que estamos pagando pela 1) “burritzia” (antônimo de intelligentsia) dos tempos da ditadura e 2) a era em que a turma se ufanava de dizer que estava pouco ligando pra política e iria descontar votando no Tiririca:
Pois então: até quando vai dar pra segurar essa camada de ignorantes politicamente acéfalos das camadas de renda média e alta que fica aí de forma grotesca vociferando a favor da “maioridade penal”?
Esses bocós não se dão conta do que vem a ser o PCC?
Parece normal a você, meu dileto leitor, que uma organização criminosa nascida com o propósito de dar respaldo à população carcerária, e que agora, no vácuo da presença do Estado já comanda o roubo de carga, a violência urbana (todo batedor de carteira paga dízimo pra essa máfia), a invasão de imóveis no centro, a adulteração de bebidas e medicamentos, o roubo de cabos, fios e tampas de bueiros, a danificação de equipamento público, as ações orquestradas do bloqueio nos transportes, a roubalheira no futebol, a jogatina ilegal, que chega a queimar 30 ônibus ao dia e dá voz, dia sim, dia não, a toque de recolher nas comunidades da periferia, tudo isso e mais, sem que a opinião pública tenha a menor ideia de que isso acontece porque a ordem de cima é “não dar voz e não fazer propaganda de organização criminosa”, parece normal pedir que se coloque mais gente na cadeia diante dessa conjuntura?
A ignorância é tão pornográfica que o pessoal nem sequer reclama do próprio sistema patrimonialista -que nunca caminha para a democracia com economia de mercado.
A gente continua se conformando com a existência dos Agripinos Maias da vida, ou (até ontem) com o Eduardo Cunha. Somos complacentes com o fato de que o doleiro Youssef opera em sucessivos governos desde praticamente o grito do Ipiranga.
E a PF tem a cara de pau de invadir o escritório do filho do Lula pra procurar “dinheiro de comissão”?
Fala a verdade?
Estou ao lado de Lula e do Serra nesta hora e, como pagadora de impostos (contribuinte é o escambau!) e eleitora eu me sinto profundamente ofendida e agredida com a cara de pau e a demagogia dessa FACÇÃO da Polícia Federal em sua guerrinha particular contra outra facção.
Esses irresponsáveis estão colocando o meu país de joelhos e os acéfalos que se dizem “gente de bem” não tem moral e nem se deram ao trabalho de se informar ou estudar pra saber do que estão falando ao aplaudir essa blitz. Só estão tentando mesmo é salvar seu fiofó.



Fonte: BR29

Jovem pode ser decapitado a qualquer momento na Arábia Saudita

Noticiado no portal notícias uol:


Um dia desses, nossos aliados da Arábia Saudita poderão decapitar e crucificar um jovem chamado Ali al-Nimr.

Ele esgotou os recursos possíveis após a sentença judicial para esta execução macabra, por isso os guardas podem levar al-Nimr a uma praça pública e cortar sua cabeça com uma espada enquanto os espectadores zombam dele. Então, seguindo o protocolo saudita para a crucificação, eles penduram seu corpo na cruz como advertência para os outros.

A ofensa de Al-Nimr? Ele foi preso aos 17 anos por participar de protestos contra o governo. O governo disse que ele atacou policiais e se revoltou, mas a única evidência conhecida é uma confissão aparentemente extorquida sob tortura que o deixou sangrando desfigurado.

"Quando visitei meu filho pela primeira vez, não o reconheci", disse sua mãe, Nusra al-Ahmed, ao jornal "The Guardian". "Eu não sabia se aquele era realmente ou não meu filho Ali."

Al-Nimr foi recentemente transferido para o confinamento solitário como preparação para a execução. No Reino Unido, onde a sentença chamou a atenção, o secretário de relações exteriores diz que "não espera" que seja levada a cabo. Mas a família de al-Nimr teme que a execução ocorra a qualquer dia.

O sistema de justiça criminal medieval da Arábia Saudita também executa "bruxas" e aprisiona e chicoteia homossexuais.

Já é hora de termos uma discussão franca sobre a nossa aliada Arábia Saudita e o seu papel legitimando o fundamentalismo e a intolerância no mundo islâmico. Os governos ocidentais tendem a se conter nas críticas, porque eles veem a Arábia Saudita como um pilar de estabilidade em uma região turbulenta -mas não tenho certeza de que é bem assim.

A Arábia Saudita patrocinou madrassas wahhabistas em países pobres da África e da Ásia, exportando o extremismo e a intolerância.
A Arábia Saudita também exporta instabilidade com a sua brutal guerra no Iêmen, destinada a conter algo que considera como influência iraniana. Os ataques aéreos sauditas mataram milhares de pessoas, e o bloqueio dos portos tem sido ainda mais devastador. Há crianças iemenitas morrendo de fome, e 80% dos iemenitas precisam de ajuda.

Há também hipocrisia no comportamento saudita. Este é um país que condenou um britânico de 74 anos de idade a 350 chicotadas por posse de álcool (alguns relatórios britânicos dizem que ele pode ser autorizado a deixar a Arábia Saudita, após a indignação internacional), mas raramente vi tanta bebida destilada quanto nas festas em Riad com membros do governo.

Reprodução/Facebook
O blogueiro saudita Raif Badawi foi condenado a 1.000 chibatadas por "insultar o islã"


Um príncipe saudita, Majed Abdulaziz al-Saud, acaba de ser detido em Los Angeles em uma mansão alugada de US$ 37 milhões (em torno de R$ 110 milhões), depois de supostamente ter bebido muito, contratado acompanhantes, usado cocaína, aterrorizado as mulheres e ameaçado matar as pessoas.

"Eu sou um príncipe", declarou ele, de acordo com uma reportagem no jornal "Los Angeles Times". "Eu faço o que quero."