sábado, 6 de junho de 2015

Questionário Ubble para saber quando você vai morrer!

 

 

 

 

Cientistas suecos elaboraram um questionário para dizer se você vai morrer nos próximos cinco anos. Perguntas foram criadas com base em uma pesquisa realizada durante 3 anos. Homens precisam responder 13 questões e mulheres 11

O mistério da morte pode começar a ser desvendado por um simples questionário da internet, segundo cientistas da Suécia. Eles criaram uma série de perguntas para dizer se você vai morrer nos próximos cinco anos.
O questionário é baseado em uma longa pesquisa realizada entre 2007 e 2010, que envolveu meio milhão de pessoas entre 40 e 70 anos de idade no Reino Unido.
Baseados em uma análise complexa de 655 aspectos do estilo de vida de cada um dos participantes no Centro de Pesquisas UK Biobank, os cientistas chegaram a um teste final de 13 perguntas para homens e 11 pra mulheres para determinar o risco de morte deles nos próximos cinco anos.
Para homens, a simples autoavaliação do estado de saúde (avaliada na pergunta “você considera sua saúde excelente, muito boa, boa, regular ou ruim?”) foi o que mais influenciou no resultado final do risco de morte. Para mulheres, o diagnóstico anterior de algum tipo de câncer foi o fator mais forte.
Mas, para as pessoas que não têm nenhuma doença grave ou nenhum tipo de transtorno, o cigarro é o fator predominante para determinar a chance de elas morrerem nos próximos cinco anos.
As descobertas dos pesquisadores foram divulgadas na publicação científica Lancet. Além do questionário para determinar o risco de morte, disponível no site Ubble, os cientistas também desenvolveram um critério para dizer a “idade Ubble” dos que fizerem o teste.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Agente se acostuma - Poema Abujanra



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.



 Marina Colasanti

Guerra contra o Terrorismo - Charge de Latuff


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Fim da Imunidade Tributária para instituições religiosas [igrejas]







Num Estado laico não faz sentido dar imunidade tributaria a uma parcela das instituições do Brasil apenas porque elas são de cunho religioso. Qualquer organização que permite o enriquecimento de seus lideres e membros deve ser tributada. Quando certos lideres religiosos abusam do conceito de liberdade religiosa, exigindo mais e mais dinheiro dos fies para enriquecimento proprio, isso mostra que o unico combate que deve ser feito é o do bolso, tirando esse privilegio que nunca deveria ter existido. Sabe-se que Estados não laicos normalmente impõe tributos apenas às outras religiões para manter o privilegio da escolhida. Mas um Estado laico deve retirar esse privilegio, e não o extender as outras religiões. No ponto de vista do Estado a igreja deve ser vista como uma empresa como outra qualquer que luta com os concorrentes (outras igrejas, principalmente de outras denominações) para obter o maior numero de clientes (fiés) e com isso ter a maior receita (oriunda de cobranças que variam de religião a outra). Esse ponto é primordial para se estabelecer que a cobrança de impostos deve existir. As igrejas não podem ser consideradas associações não lucrativas pois o seu intuito de sempre querer mais clientes mostra que ela não quer apenas fazer uma boa ação para a sociedadem ela quer, na medida do possivel monopolizar a crença. Associações em sua grande maioria não competem entre si, muito pelo contrario, muitas ficam "felizes" quando outra associação do mesmo fim abre para poder dividir o trabalho (Exemplo: quando uma associação de reforço escolar nova abre, a associação mais antiga pode dividir os alunos em dois centros, minimizando o trabalho que antes era exigido todo de um grupo unico).