terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Distribuição de Renda nos EUA (dublado)


A Distribuição de Renda nos EUA (dublado)



(EUA, 6:28 min.)


O neoliberalismo consiste em certas políticas, defendidas pela imprensa corporativa, como privatizações, Estado mínimo, Bancos Centrais independentes, corte de gastos públicos, flexibilização das leis trabalhistas e liberdade para que o mercado dite as regras da economia.
Nos EUA, essas políticas vem sendo implantadas desde os anos 80. De lá para cá, profundas transformações sociais ocorreram nos EUA: O país que após a II Guerra era dos melhores lugares para se viver no mundo, onde um trabalhador médio tinha acesso a uma grande qualidade de vida, hoje tem uma jornada de trabalho exaustiva e com pouco direitos, com um salário irrisório.
Ao mesmo tempo, o 1% da população do topo da pirâmide social tornou-se muito mais rica (os 400 americanos mais ricos detém mais renda que 200 milhões de cidadãos estadunidenses) enquanto a vasta maioria ficou mais pobre, muitos abaixo da linha da pobreza.
Esse vídeo faz uma análise dos dados da distribuição de renda atual americana:
- a que os americanos achariam justa
- a que eles acham que existe
- e a que existe de fato.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Homofobia e violência ideológica assustam alunos na UFMS


Queima de acervo de livros no DCE foi o caso mais recente da onda de intolerância.

Queimaram parte da minha vida, disse o professor e cientista social David Victor Emmanuel Tauro.
Foto: Victor Sanches 
  Queimaram parte da minha vida, disse o professor e cientista social David Victor Emmanuel Tauro. Foto: Victor Sanches
Queimaram parte da minha vida, disse o professor e cientista social David Victor Emmanuel Tauro.
Foto: Victor Sanches 
 Queima de livros na Alemanha nazista. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
No dia 10 de maio de 1933, poucos meses depois da chegada de Hitler ao poder, teve início na Alemanha uma onda de queima de livros em praça pública. Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos pelo regime nazista foi destruído. Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de estudantes nazistas. Era deles a organização das grandes fogueiras, em uma competição na qual cada agremiação tentava provar que era mais fiel do que a outra aos ideais nazistas.
Não foi a primeira vez na história que a intolerância despejou seu ódio sobre a literatura. Nem será a última. Na noite do último sábado, dia 18 de outubro, o mesmo germe do preconceito voltou a dar as caras. Desta vez na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde um acervo de algumas centenas de livros doado ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) pelo professor e cientista social David Victor Emmanuel Tauro foi alvo de um incêndio criminoso.
“Fiquei estarrecido, completamente transtornado, desolado. São tempos sombrios. Estamos progressivamente caminhando para alguma forma de totalitarismo. Não podemos aceitar isso. Queima de livros é inaceitável, especialmente dentro de uma universidade. Temos uma herança histórica tão dura, mas parece que não temos memória. Estou extremamente preocupado”, afirmou Tauro.

E ele tem razão em sua preocupação. A queima do acervo do DCE não foi um episódio isolado de vandalismo. Trata-se de mais uma ação de agressão ideológica entre as muitas que têm ocorrido na UFMS, especialmente ligadas à homofobia.
O primeiro caso a romper a cortina do silêncio que ainda impera na universidade ocorreu em maio de 2013, quando o então professor substituto do curso de Ciências da Computação (campus de Ponta Porã), Kleber Kruger, revoltado com a frase “Homo é lindo”, pichada em uma parede do campus, usou seu perfil no Facebook para atacar homossexuais.
“Hoje cheguei na Federal e encontrei algumas paredes dos cursos de computação e engenharia pichadas com frases como: ‘O amor homo é lindo!’, ‘Homosexualismo é lindo!’, ‘Fora machismo!’ ... aaah! se fuderem seus viados fila da puta!”, disparou Kruger, que chegou a pedir o fechamento de cursos que, em sua opinião, eram “coloridos” demais. “Aí, nas paredes daqueles cursos formadores de bichonas tá tudo limpo! Depois eu falo que tinha que pegar aqueles cursos de gente colorida e fechar tudo! E saio rotulado como preconceituoso, porque tá na moda defender homossexualismo”.
Onda de intolerância

O caso ganhou repercussão nacional resultando na exclusão do Facebook de Kleber e no seu pedido de demissão. Mas a retaliação não foi suficiente para intimidar o preconceito. Recentemente, uma aluna transexual do curso de Letras foi violentamente hostilizada no Restaurante Universitário (RU). Ao tentar registrar a agressão com seu celular, foi ameaçada. Ela teve que ser escoltada por seguranças da universidade de volta a sala de aula, enquanto os agressores permaneceram no RU.
Outros casos têm sido registrados como a pichação de cartazes do Comitê de Luta pela Creche da UFMS com símbolos nazistas e frases ofensivas como “parir é uma escolha, se vira para cuidar”. O Comitê de Autodefesa das Mulheres, que ensina noções básicas de defesa pessoal para meninas da universidade, também foi alvo de manifestações de ódio, especialmente na página Segredos UFMS, no Facebook.

As expressões de caráter preconceituoso e fascista não param por aí. Cartazes com imagens de pessoas que lutaram contra a ditadura na década de 60 e 70 foram rasgados e, também, pichados com a suástica nazista. Uma faixa em apoio à causa indígena, pendurada em frente ao Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACISO), foi arrancada e rasgada enquanto a própria sede do Centro Acadêmico foi pichada com símbolos nazistas e seu interior depredado com a destruição de um computador.
“Diante de tudo isso, pensamos que a queima do acervo de livros na sala Dorcelina Folador não foi um ato isolado. Ao nosso olhar a situação é gravíssima”, afirma André Luiz, estudante de Ciências Sociais e membro do CACISO.
O presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-MS, e vice-presidente do Conselho Estadual da Diversidade Sexual, Júlio Valcanaia, mostrou-se preocupado com o incidente. “O fato do incêndio criminoso ocorrido na UFMS vem a comprovar o quanto nos espaços públicos, especialmente os educacionais, a hostilidade é praticada contra pessoas LGBT, e mesmo por sujeitos privilegiados pelo acesso à educação e informação. Veja-se que as raízes do preconceito são mais profundas do que as capacidades intelectuais e que devem ser emergencialmente combatidas. Daí a nossa defesa por uma legislação capaz de cumprir um papel social que a mera vivência acadêmica não dá conta de solucionar. Ressalto, ainda, o fato de uma acadêmica transexual ser o objeto inicial desse evento, uma vez que o espaço universitário, como tantos outros na sociedade, não é pensado para ser ocupado por alguém que corajosamente foge aos padrões de gênero estabelecidos pela sociedade. Daí o desconforto desses agressores, inquisitores medievais, que se demonstram inaptos para uma vivência social saudável.”

Medo
A estudante de psicologia e membro do DCE, Marina Peralta, diz que a situação causa medo. “Temos muitos amigos homossexuais que estão temerosos. Pode haver uma agressão a qualquer momento pelos corredores da UFMS”, afirma. Para ela, o incêndio criminoso foi um choque para todos.
Também membro do DCE, a estudante de direito Anna Brites diz que a sociedade tem que ficar atenta para estes casos de ódio. “Estão acontecendo com frequência aqui na universidade. Assim como os casos de homofobia, a queima dos livros foi um sinal de que é hora da sociedade se manifestar contra o preconceito”.
O jornalista e cientista social Eron Brum alertou para a gravidade da situação. “Este pessoal me faz lembrar a era das trevas. São bárbaros. Este tipo de situação é fruto de nossa política onde não há debate de ideias, apenas tentativas de demolir o adversário, seja com que armas for”, afirmou.
Para os membros do DCE e do CACISO, a reação da UFMS diante dos casos de violência tem sido morna. “A Universidade não se manifesta. A segurança aqui existe apenas para proteger a direção contra manifestações e ocupações. Os alunos estão à míngua”, afirma André Luiz. Contatada, a assessoria de imprensa da universidade afirmou que a UFMS “foi informada sobre o incêndio nas dependências do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e está acompanhado o caso”.




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Como é tratada a questão do Ebola, na África e na Europa


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O mercado de notícias, documentário de Jorge Furtado

O mercado de notícias, documentário de Jorge Furtado, é um filme oportuno e necessário. Poucas instituições têm sido tão discutidas nos últimos tempos quanto a imprensa, em suas várias formas: escrita, televisiva, radiofônica. Com o advento avassalador da internet, não é apenas a sustentação econômica de jornais, revistas e telenoticiários que está em xeque, mas principalmente a sua credibilidade – e é nesse nervo que o documentário vem tocar, com o engenho e a verve habituais de seu diretor. 



A invisibilidade das Comunidades Quilombolas de Mato Grosso do Sul



Por Nayhara Almeida de Sousa
do GERAA
Atualmente o que a maioria das pessoas entende por comunidade quilombola está muito distante da realidade. O que é usualmente entendido por comunidade remanescente quilombola se remete à definição utilizada no período colonial brasileiro, mais exatamente àquela do século XVIII, para a qual quilombo era “toda a habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte despovoada ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles” (MOURA, 1981: p.16). E no estado de Mato Grosso do Sul não seria diferente, apesar de ter mais de 21 comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, ainda não tem avanços significativos na questão de reconhecimento das comunidades quilombolas como grupos sociais e, portanto, com direitos.
Com a publicação do decreto de 4.887/2003 temos a regularização de todo o  procedimento que efetiva a titulação das terras, além de uma redefinição do conceito de comunidade quilombola, diferenciando-se daquela antiga que era marcada pela colonização, e passando agora a ser compreendida através da auto determinação dos povos. Conforme o artigo 2º do Decreto,
 consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, seguindo critérios de autoafirmação, com a trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida (BRASIL, 2008).
Retomando o histórico sobre o assunto, em 1988 foi reconhecido pela Constituição Brasileira o direito de propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescentes quilombolas, através do artigo 68 do Ato das Disposições Transitórias: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” (BRASIL, 2008). O reconhecimento de propriedade das terras quilombolas pela Constituição de 1988 não foi suficiente para a efetiva regularização desses territórios, e contestações contrárias às titulações eram fundamentadas na falta de regulamentação no processo de demarcação e titulação dessas terras.
Mas, foi com a publicação do decreto 4.887, no dia 20 de novembro de 2003 se estabeleceu a forma de como proceder à demarcação e titulação do território quilombola. Da década de 1980 até 2003 se desenrolaram anos de silêncio quanto a este assunto e, apesar de haver milhares de comunidades espalhadas pelos estados brasileiros, ainda há a impressão de inexistência ou de distancia das comunidades, o que remete muitas pessoas à noção de quilombo do período colonial.
Vários grupos contrários aos direitos adquiridos pelas comunidades se manifestaram. O partido Democratas (DEM) ajuizou em 2004 uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal pela publicação do decreto 4.887. A ADIn é contrária ao critério de autoatribuição para a identificação das comunidades remanescentes quilombolas, e o caso ainda aguarda julgamento.
De acordo com Santos (2010), o ano de 2007 ficou marcado pelo aumento dos conflitos no estado do Mato Grosso do Sul entre as comunidades rurais quilombolas e o Governo do Estado, Sindicato Rural de Dourados; as Prefeituras Municipais de Nioaque, Dourados e Sonora; grandes proprietários de terras; e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL). [1]
A partir da definição ultrapassada sobre o que é uma comunidade remanescente quilombola, criou-se uma situação constrangedora para o Instituto Histórico Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHG-MS), que reforçou ainda mais a posição contrária ao reconhecimento das comunidades quilombolas no estado de MS. Em 2008 o então presidente do IHS-MG Hildebrando Campestrini exalou um parecer negando a existência de qualquer formação de comunidades quilombolas no estado de Mato Grosso do Sul. O parecer dizia o seguinte:
                               
Considerando que o sul de Mato Grosso despontou no cenário econômico brasileiro como área de produção pecuária, após as décadas de 1830/1840, quando a escravidão já se encontrava em processo gradativo de desarticulação; Considerando que o território hoje sul-mato-grossense se encontrava fora da rota de fuga dos escravos egressos dos centros econômicos mais significativos à época do regime escravista (SP, MG e região norte de MT); Considerando que havia, no último quartel do século XIX, forte empenho de líderes pela libertação de escravos, a exemplo das Juntas de Emancipação nas principais vilas e cidades do sul de Mato Grosso, com resultados positivos; Considerando que, sobretudo após a Guerra da Tríplice Aliança, o número de escravos no sul de Mato Grosso era de reduzido significado; Considerando que não há documentos, nem ao menos indícios, que provem a existência, no atual Mato Grosso do Sul, de quilombos, mesmo que tardios. Manifestam-se, por unanimidade, no sentido de não reconhecer a presença de quaisquer núcleos quilombolas remanescentes em nosso Estado. Campo Grande, 10 de setembro de 2008. Hildebrando Campestrini – Presidente (SANTOS, 2010: p.20).
Como é perceptível no Parecer Quilombola do IGH-MS, a visão sobre as comunidades está presa em um passado colonial, como algo exótico, perdido e afastado da noção de cidadão brasileiro. O parecer ganhou destaque na mídia local e teve ampla recepção pelos produtores agropecuários, sendo largamente difundido pela FAMASUL através da circular nº 041/2009, ao Secretário da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia/SEMAC. Em seu ofício a FAMASUL afirma a não existência de remanescentes quilombolas no Mato Grosso do Sul.
O Parecer Quilombola produzido pelo IHG-MS encara comunidades remanescentes como aquele conceito da época imperial e deixa de perceber como bem lembra Amaral Filho (2011) que os remanescentes de quilombolas surgem recriando um processo identitário e não o repetindo. Recriando seus laços com a África, “eles passam a se comportar no Pós-Colonial diaspórico como um grupo multicultural miscigenado diferente de sua noção clássica” (AMARAL FILHO, 2011).
A colonização, apesar de um processo extinto oficialmente, permanece enraizada nos dias atuais, como fator excludente e marginalizador de determinados grupos sociais. No caso de Mato Grosso do Sul, essa situação é facilmente identificada quando se trata da garantia de direitos das populações indígenas e comunidades quilombolas.
No discurso da mestiçagem, baseado na ideia de um Brasil mestiço, onde o moreno é o termo ideal de representação da população afro-brasileira, o termo negro deixa de ser mencionado de forma positiva pela sociedade brasileira, pois a ideia mitológica de democracia racial encontra suas bases no moreno. A troca de um termo por outro não significou um tratamento respeitoso para a população negra, sua história e suas memórias, e não resultou numa equidade nas oportunidades entre todos no Brasil. Antes disso, a criação de um discurso de democracia racial “contribuiu” para que se afundasse no silenciamento o racismo vivenciado no Brasil, fortalecendo um discurso hipócrita e controverso.
É importante entender porque é tão popular a utilização do termo moreno, quando se refere à população afro-brasileira.  Uma breve análise na história de formação da identidade nacional, (ORTIZ, 2003) é possível perceber como foi a movimentação dos grandes intelectuais e dirigentes nacionais para a formulação de teorias e projetos sobre um modelo nação brasileira. Este modelo de nação era pensado para o futuro, um futuro que através da miscigenação racial, se tornaria branco.
Mato Grosso do Sul não fugiu aos moldes nacionais quanto à formação de uma identidade regional baseada na falsa ideia de democracia racial e de branquidade. Este modelo foi refletindo diretamente na invisibilidade dos remanescentes quilombolas do Estado. Um exemplo, Campo Grande, que é conhecida como a cidade morena, não possui menção alguma sobre a vida de camponeses e nem de escravizados, em nenhum dos seus 14 museus (Santos, 2010: p. 31).
 Não é possível que atualmente, dirigentes e intelectuais ainda expressem noções sobre o que é ser remanescente quilombola baseados em conceituações cristalizadas em um passado colonial. A ideia sobre ser quilombola hoje ultrapassa a noção colonial e se aproxima muito mais de uma ressignificação do caráter multicultural do quilombo surgido no território africano, mas muito diferente da conceituação de quilombo feita pelo colonizador. E ainda, não é possível permitir, que ideias como a do Parecer Quilombola, após a criminalização do racismo em 1988, sejam formas de propagação de racismo sutil através da negação da existência de comunidades quilombolas no estado.
A afirmação do Parecer demonstra muito dos aspectos da invisibilidade social e econômica da população negra brasileira. A população quilombola faz uso de terras reconhecidas como patrimônio histórico pelo Estado Brasileiro, compartilhando valores comuns, parentesco, práticas culturais. Devemos ultrapassar esse entendimento vindo do período colonial que prejudica a existência e garantia de direitos civis, econômicos, sociais e culturais das comunidades remanescentes quilombolas no Brasil.
Referências Bibliográficas
AMARAL FILHO, N. C. Mídia e Quilombos na Amazônia. Relações Raciais no Brasil: pesquisas contemporâneas. Org. Valter Roberto Silvério, Regina Pahim Pinto, Fúlvia Rosemberg. São Paulo: Contexto, 2011.
SANTOS, C. A. B. P dos. Fiéis descendentes redes-irmandades no pós-abolição entre as comunidades negras rurais sul-mato-grossenses. Tese de Doutorado em Antropologia Social. UNB, Brasília, 2010.
BRASIL, Ministério Público Federal. Procuradoria Geral da Republica, 2 região. Territórios Quilombolas e Constituição: A ADI 3.239 e a Constitucionalidade do Decreto 4,887/03. Rio de Janeiro, 03 de março de 2008.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Campo Grande recebe, entre os dias 15 e 18 de outubro, o 1° Festival Internacional de Violão com a presença de violonistas de renome nacional e internacional. Este é um dos mais importantes eventos ligados ao violão clássico neste ano no Brasil.


Os concertos serão realizados no Teatro Prosa do SESC Horto, entre às 13h e às 20h, e a entrada é franca. Além dos concertos, o evento trará as masterclasses (aulas públicas de interpretação) com os principais expoentes do instrumento no país. O festival é realizado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Com um trabalho referencial de violão na América Latina, o Duo Orellana-Orlandini também está confirmado no festival. O concertista e professor da USP (Universidade de São Paulo), Edelton Gloeden, um dos mais importantes músicos em atividade no cenário brasileiro, e o especialista em instrumentos antigos (séc. XVI a XIX), o professor Marcos Pablo Dalmacio estão incluídos na lista de apresentações.
O Maestro Eduardo Martinelli se apresenta no evento como camerista, assim como a soprano Adélia Issa, que será acompanhada pelo professor e doutor Marcelo Fernandes da UFMS.
Violonistas regionais como Laís Fujiyama, Vinicius Hipolito, Hudson Campos, Luiz César Gonzaga; Stéfani Godoy, Joel Mendes e o duo Souza-Machado e Anerson Francelino também se apresentam no evento.
A abertura do festival está programada para o dia 14, na UFMS. O teatro Prosa fica na Rua Anhanduí, 200, no centro.
Programação/ Abertura 
-14/10 (16h) - MaterclassOrelllanaOrlandini no Curso de Música da UFMS - em frente ao Teatro Morenão.
Programação / SESC Horto
15/10 - (13h) recital do duo Souza-Machado
- (14h30)  Masterclass com Marcos Pablo Dalmacio
- (20h) Concerto de abertura com o duo de violões Orelllana Orlandini (Chile);

16/10 - (13h) recital de Hudson Souza e Vinicius Hipólito
- (14h30) Masterclass com Eduardo Martinelli
- (17h) Mesa redonda
- (20h) Concerto com Edelton Gloeden e Marcelo Fernandes;

17/10 - (13h) recital com Luis Cesar Gonzaga e Stéfani Godoy
- (14h30) Masterclass com Edelton Gloeden
- (17h) Ensaio da Camerata de violões do festival
- (20h) Concerto de música antiga com Adélia Issa, Eduardo Martinelli, Marcos Pablo Dalmacio e convidados;

18/10 - (13h) recital dos alunos da UFMS
(14h) Recital dos Alunos do Festival.
(20h) Música e poesia em parceria com a UBE.

Fonte:  http://www.sescms.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Conceito: wikipedia, wikicionario, softwarelivre



WIKIPÉDIA 

Wikipédia é um projeto de enciclopédia multilíngue de licença livre, baseado na web, escrito de maneira colaborativa e que encontra-se atualmente sob administração da Fundação Wikimedia, uma organização sem fins lucrativos cuja missão é "empoderar e engajar pessoas pelo mundo para coletar e desenvolver conteúdo educacional sob uma licença livre ou no domínio público, e para disseminá-lo efetivamente e globalmente.
Integrando um dos vários projetos mantidos pela Wikimedia, os mais de 30 milhões de artigos (845 367 em português em 10 de outubro de 2014) hoje encontrados na Wikipédia foram escritos de forma conjunta por diversos voluntários ao redor do mundo; e quase todos os verbetes presentes no site podem igualmente ser editados por qualquer pessoa com acesso à internet e ao sítio eletrônico http://www.wikipedia.org.  
Em outubro de 2013, havia edições ativas da Wikipédia em 277 idiomas. A Wikipédia foi lançada em 15 de janeiro de 2001 por Jimmy Wales e Larry Sanger12 e tornou-se a maior e mais popular obra de referência geral na Internet,13 14 15 16 sendo classificado em torno da sétima posição entre todos os websites do Alexa e tendo cerca de 365 milhões de leitores.13 17 A Wikipédia é uma ferramenta de pesquisa amplamente utilizada por estudantes e tem influenciado o trabalho de publicitários, pedagogos, sociólogos e jornalistas, que usam seu material mesmo que nem sempre citem suas fontes.


WIKICIONÁRIO

Trata-se de um projeto colaborativo para produzir um dicionário poliglota livre em português, com significados, etimologias e pronúncia. Iniciamos o projeto em 3 de Maio de 2004 e temos 197 089 entradas na versão em português. Qualquer pessoa pode editar e salvar qualquer definição; não é necessário identificar-se. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no Portal comunitário.
O conteúdo do Wikcionário está sujeito à Licença GNU de Documentação, o que significa que todo o conteúdo é livre e assim permanecerá para sempre. Veja Direitos autorais para mais detalhes.
O objetivo do Wikcionário é descrever todas as palavras de todos os idiomas, com definições e descrições em português, idioma falado em Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e por diversas comunidades em todo o mundo.



 SOFTWARE LIVRE
Software Livre é uma forma de manifestação de um software em que, resumidamente, permite-se adaptações ou modificações em seu código de forma espontânea, ou seja, sem que haja a necessidade de solicitar permissão ao seu proprietário para modificá-lo.


domingo, 5 de outubro de 2014

Você Fiscal - entenda o projeto e seja um cidadão participativo !



O Você Fiscal (http://www.vocefiscal.org) é um projeto de Diego Aranha—professor da UNICAMP—e Helder Ribeiro, que vai colocar na sua mão e na de todo cidadão e cidadã o poder de fiscalizar e dar transparência às eleições em 2014.

** Obs.: Para sugestões ou para reportar bugs/defeitos, por favor, avise na nossa página http://facebook.com/VoceFiscal. Por favor, não dê nota baixa ou aponte erros na avaliação da Play Store. Precisamos de boas avaliações para que o aplicativo chegue a mais pessoas e haja mais fiscais cidadãos no dia da eleição! Estamos à disposição pelo contato@vocefiscal.org também. Obrigado pela compreensão :) **


## Como funciona?
Tudo gira em torno do Boletim de Urna (BU). O BU é o “saldo” que toda urna imprime no final da votação com os totais para cada candidato naquele aparelho.


1. Acabou a votação (17h), o Boletim de Urna deve ser afixado em local público (ex.: a porta da seção eleitoral). Aí começa nosso trabalho!
2. Com o aplicativo Você Fiscal, o(a) eleitor(a) (você!) tira foto do Boletim de Urna e envia para o Você Fiscal conferir e somar de forma independente.

3. Que tipo de bug ou fraude o Você Fiscal NÃO pega?
a) Bug/fraude no software que roda na urna. Este é um tipo de fraude que o TSE _não permite_ que seja detectado. O Brasil é o único país no mundo que tem votação eletrônica sem rastro anônimo de papel conferido pelo eleitor. Sem isso, é impossível detectar fraudes na urna, porque não tem com o que comparar.
b) Fraude de mesário. O mesário pode votar no lugar do eleitor. Há relatos de que, ao final da votação, alguns mesários votam pelos eleitores que faltaram.
5. Que tipo de bug ou fraude o Você Fiscal pega?
a) Se a urna for extraviada/trocada/adulterada depois do fim da votação, a gente detecta.
b) Se tiver bug/fraude no software que roda no servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para somar o resultado final, com um número suficiente de usuários, a gente detecta.


Dê mais transparência às eleições no Brasil: instale o Você Fiscal, peça para seus amigos instalarem e fiscalize conosco no dia da votação! #vemproBU
Se tiver alguma dúvida, temos um espaço aberto para perguntas em http://www.vocefiscal.org/faq. Estamos à disposição!




Palavras-chave: vempraurna, TSE, transparência eleitoral, fraude eleitoral, controle social, fiscalização cidadã, mesário

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Charge de Latuff: índios Kaingang expulsos por colonos

Mais uma charge que deve ser compartilhada. O cartunista Latuff acerta em cheio nas questões problemáticas na sociedade como um todo. Dessa vez, foi a questão agrária no País. O Brasil, tem que enfrentar tais questões com seriedade, respeito e justiça. Os povos ribeirinhos, indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais sem terra são os que mais sofrem.
Jogar uns contra os outros não é a solução!





fonte: Latuff Cartoons