domingo, 28 de outubro de 2012

Novos rumos para a política em Campo Grande

É, após as eleições, campanhas, "corridas eleitorais", candidatos faz tudo, panfletos, programas de televisão, tudo chega ao fim. Na verdade é apenas o começo de mais uma etapa.

Esperamos que seja uma etapa com compromissos e respeito à democracia. Respeito as pessoas. Cansei de ouvir candidatos que nada fizeram ou têm a acrescentar.

Espero também que as pessoas participem mais. Não adianta votar. Da mesma forma que não adianta esperar que os "representantes" do povo façam. O trabalho deve ser diagnosticado, vistoriado, observado.  

Cidadania plena é participar dos processos de decisão. Ir até a escola pública e participar. Ir nas reuniões dos conselhos de saúde. Conversar com a polícia da região a respeito da polícia comunitária.

Aprendam a participar. Solicitem educação para a cidadania e a política não será mais chata, não terá mais politicagem e sim participação e democracia!


Uma boa seria se a Assembléia Legislativa, de MS, fizesse um curso voltado para cidadania, participação e política para a comunidade. 

Varios institutos realizam esse trabalho no Brasil afora. Aqui é chegado a hora!  
Pensem nisso.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Índios Kaiowá Guarani à beira do suicídio devido à flagrante injustiça social





Índios Kaiowá Guarani à beira do suicídio devido à flagrante injustiça social


Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado
"mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia. Quase nenhuma importância se deu a uma espécie
de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.

A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi,
no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia.
(Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os
Kaiowá-Guarani informaram: 

- Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui.
Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos
até hoje. Comemos uma vez por dia. 

Em sua carta testamento os Kaiowá/Guarani rogam: 

- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa
morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de
enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido
aos juízes federais. 

Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: 
"A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo". 

Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a
tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. 
Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos. 

Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores,
cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque 
viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas. 

Italianos e um brasileiro fizeram um filme denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados,
Mato Grosso, índios... isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário,
o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. 
No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil. 

Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram
no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. 
Um silêncio cúmplice dessa tragédia.



Agradeço a postagem:  Juliete Aquino, Cientista Social; Aline Gonçalves, Secretaria de Educação.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Programa mantém alunos na escola após período de aulas


Ao todo, 1.671 alunos da rede municipal de Campo Grande participam do programa Mais Educação, que oferece contraturno




Em vez de crianças nas ruas, ociosas, mais tempo na escola. Com essa premissa e enquanto o número de escolas de tempo integral não aumenta, em Campo Grande, 1.671 alunos da Rede Municipal de Educação (Reme), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), participam do programa Mais Educação, financiado pelo Governo federal, que oferece, no contraturno da escola, atividades de Educação e lazer para estudantes com problemas de notas, comportamento ou defasagem de idade.

Os trabalhos são desenvolvidos em 12 escolas, com alunos do 1º ao 9º ano, e os resultados já aparecem, com os participantes mais comprometidos com sua própria Educação. Em todo o País, são dez mil estudantes que passam cerca 9h na escola. Na Capital, eles recebem almoço e um lanche, além da merenda escolar oferecida no horário de aula. O objetivo da Secretaria de Educação Continuada, do Ministério da Educação, é ampliar para 15 mil alunos atendidos já a partir do ano que vem.

"Cada escola adere ao programa e seleciona seis macrocampos (dentre acompanhamento pedagógico, Educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias, investigação no campo das ciências da natureza e Educação econômica). As atividades são desenvolvidas com acompanhamento da secretaria e todos os alunos participam das oficinas", afirmou a coordenadora do Mais Educação da Semed, Evanir Bordim Sandim.
Muro
Na Escola Municipal Professora Leire Pimentel de Carvalho, no Jardim Colibri II, participam das atividades 199 alunos. Quem estuda pela manhã, permanece na escola após o fim das aulas regulares, almoça, tem um tempo de descanso, em que pode dormir, ir à biblioteca ou assistir a televisão. Em seguida, começam as oficinas.

"Já notamos que os alunos participantes melhoraram, e muito, o comportamento em sala de aula e o desempenho no boletim. Há muitos pedidos para ampliarmos o número de atendimentos. Tem alunos que pulam o muro da escola, vestem o colete que caracteriza os integrantes e passam a participar das atividades", afirmou a diretora Dejair dos Santos Silva.

O programa procura aliar a escola, família e sociedade e incentiva os alunos a utilizarem espaços públicos da própria comunidade. "Uma praça, um centro comunitário, a igreja pode ser usado como espaço para atividades", reforçou Evanir. As prefeituras assumem parte dos gastos, como alimentação, funcionários (coordenador, merendeiras). Por mês, a escola recebe R$ 500 para compra de material e, conforme a oficina oferecida, todo material é enviado pelo Governo federal.

 
"Se não estivesse aqui, estaria em casa ou na rua"
 
"Se não estivesse aqui, estaria em casa, dormindo, ou na rua. Agora, a Escola se tornou legal". A declaração é do estudante Gustavo Souza Gonçalves, de 15 anos, um dos participantes do Programa Mais Educação, na Escola Leire Pimentel de Carvalho, desde agosto do ano passado. Exemplo de como o projeto pode ajudar os estudantes, o adolescente conta que suas notas eram em torno de 5,0. "Agora tiro 7, 8 e 9. Tenho consciência do quanto melhorei meu comportamento e até ajudo a professora, como monitor, a ensinar outros alunos".

A diretora Dejair dos Santos Silva confirma a mudança provocada em Gustavo. "Ele era um de nossos alunos mais problemáticos, vivia na minha sala por mau comportamento. Hoje, percebemos a transformação positiva que aconteceu".
Ele participa das oficinas de percussão e fanfarra, onde toca surdo. No judô, passou para a faixa cinza. "Conto para meus amigos o que faço na Escola. Alguns já me disseram que vão se mudar para a Leire só para participar, também".

Escola viva
Outro projeto desenvolvido no estabelecimento de ensino é o projeto Escola Viva, que abre as portas do colégio aos fins de semana para a comunidade. A população utiliza as quadras, sala de informática e têm cursos para o reforço do orçamento. Há mulheres que fizeram o curso de manicure e cabeleireiro e hoje já têm uma nova fonte de renda.

"Acreditamos que, dessa forma, a comunidade se torna parceira e isso reverte no aprendizado. Notamos queda da violência, da evasão Escolar e famílias que antes não se importavam agora dão mais atenção à vida Escolar dos filhos", avaliou a diretora.

Projeto
O projeto foi oferecido, pela primeira vez, em Campo Grande, em 2008, na Escola Municipal Wilson Taveira, no Bairro Aero Rancho. No ano seguinte, outros seis estabelecimentos — Ione Catarina Gianotti Igydio (Jardim Noroeste), João Cândido de Souza e Nazira Anache (ambas no Jardim Anache), Adair de Oliveira (Piratininga), Valdete Rosa da Silva (Jardim das Meninas) e Leire Pimentel de Carvalho Correa (Colibri II) — foram selecionados.

Neste ano, mais cinco colégios começaram a participar do projeto: Padre Tomaz Ghirardelli (Dom Antônio Barbosa), Kamé Adania (Nascente do Segredo), Heitor Castoldi (Vila Nhanhá), Hércules Maymone (Nova Lima) e Elízio Ramires Vieira (Pênfigo). 
 
 
 
Fonte: www.pnde.org

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Placas com dizeres de voto conciente!

Bem que poderiam substituir as placas em toda cidade:





Violência na cidade morena

Ontem passando pelo Parque Sóter mais uma notícia ruim!
Um homem foi baleado. A violência na cidade está preocupante.


O homem foi morto com 11 tiros de pistola calibre 380
.

E justo no local onde as pessoas deveriam curtir o ar livre, a área verde, e realizar atividades junto a família. Atenção as autoridades: o local está com a iluminação  com defeitos. Hoje [01/10/2012] está bastante escuro a calçada do parque, em frente ao edifício Brokfield.


Veja a Reportagem no portal campograndenews:   Clique AQUI!

Estatuto da diversidade sexual precisa de 1,4 milhão de assinaturas para virar projeto de lei


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem a intenção de protocolar até o dia 17 de maio do ano que vem um projeto de lei de iniciativa popular que cria o estatuto da diversidade sexual no Brasil. Para isso, a entidade precisa das assinaturas de 1% do eleitorado brasileiro, ou seja, cerca de 1,4 milhão de pessoas.
O estatuto viria para suprir a ausência de leis federais que garantam direitos à comunidade LGBT no país. Atualmente, os poucos direitos conquistados – como a união estável para casais homossexuais – ocorrem pela via judicial e dependem sempre do entendimento de cada juiz.
A presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB, Maria Berenice Dias, coordena a redação do estatuto. “Esta é uma realidade que só pode ser alterada pela via legislativa porque a garantia de direitos pela via jurídica é morosa e muito difícil”, disse a ex-desembargadora em entrevista à Rede Brasil Atual.
A proposta foi lançada oficialmente em 17 de maio deste ano, data que marca o Dia Mundial de Combate à Homofobia. Por isso a OAB pretende conseguir todas as assinaturas para protocolar o projeto até o mesmo dia do ano que vem.
A proposta contém 111 artigos e trechos que falam sobre políticas públicas, meios de comunicação e garantia de direitos. De acordo com o texto, “a união homoafetiva deve ser respeitada em sua dignidade e merece a especial proteção do Estado como entidade familiar e faz jus a todos os direitos assegurados à união heteroafetiva no âmbito do Direito das Famílias e das Sucessões”. Além disso, o estatuto estipula pena de dois a cinco anos para “crime de homofobia”.
Confira aqui a íntegra do projeto.